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12/07/2016

INADIMPLÊNCIA TEM MENOR EXPANSÃO ANUAL DESDE 2011

Brasileiros na faixa dos 30 anos são os que mais atrasam contas.

O número de pessoas físicas inadimplentes continua crescendo na comparação anual, mas em patamares mais modestos do que o observado em períodos anteriores. De acordo com o indicador apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o volume de consumidores com contas em atraso aumentou 3,21% em junho, mês do encerramento do primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Trata-se da menor expansão do número de devedores para os meses de junho verificado nos últimos seis anos, início da série histórica revisada. Em anos anteriores, as variações positivas haviam sido de 5,22% (2015), 5,84% (2014), 4,70% (2013), 7,32% (2012) e 6,58% (2011). O indicador não leva em consideração a região sudeste devido a entrada em vigor da Lei Estadual nº 15.659, conhecida como ‘Lei do AR’, que dificulta a negativação de inadimplentes em São Paulo.

Na comparação mensal, sem ajuste sazonal, o indicador de inadimplência apresentou um leve recuo de -0,77% no volume de consumidores inadimplentes – foi a queda mais forte desde dezembro do ano passado (-1,13%).

Em números absolutos – e levando em conta todas as regiões brasileiras – o SPC Brasil estima que aproximadamente 59,1 milhões de pessoas físicas terminaram o primeiro semestre de 2016 inscritas em cadastros de devedores. Em maio, esse número era um pouco maior, estimado em 59,25 milhões. O número atual representa 39,76% da população com idade entre 18 e 95 anos. Para um balanço do semestre, mais de dois milhões de brasileiros passaram a fazer parte das listas de inadimplentes somente no ano de 2016, já que em dezembro de 2015 estimava-se um total de 57,1 milhões de brasileiros com restrição do crédito.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, analisa que por ora, é precipitado atribuir os sinais de estabilidade da inadimplência ao desempenho da economia, já que a retomada da melhora do ambiente econômico, quando vier, exigirá tempo para traduzir-se em aumento do emprego e da renda. “O freio na trajetória da inadimplência sucede um período em que o número de devedores cresceu muito rapidamente em virtude da crise econômica. O balanço do semestre, ao apontar dois milhões de novos negativados apenas neste ano, é prova disso. Agora, porém, a dificuldade de equacionar o orçamento começa a deparar-se com o limite do estoque de crédito. Desse modo, o indicador mostra uma certa acomodação do número de inadimplentes. Ou seja, quem está com o nome sujo não consegue recuperar crédito, mas há também menos brasileiros se endividando”, explica a economista.

Brasileiros na faixa dos 30 anos são os que mais atrasam contas

É na faixa etária entre 30 e 39 anos que se observa a maior incidência de brasileiros negativados: mais da metade da população compreendida nesta faixa etária (50,19%) terminou o último semestre com o nome inscrito em alguma lista de devedores, totalizando aproximadamente 17,0 milhões de inadimplentes em número absoluto.

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