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07/01/2016

SPC BRASIL DÁ DICAS PARA O CONSUMIDOR SAIR DO VERMELHO

É preciso organização para não se atrapalhar com tributos de início de ano e parcelas que sobraram das compras de Natal.

2015 não foi um ano fácil para a economia brasileira. A inflação acelerou e voltou à casa dos dois dígitos, os juros atingiram a maior marca em nove anos e o desemprego nunca esteve tão alto desde 2009. Com a crise econômica deixando o bolso do consumidor mais vazio, muitos brasileiros não conseguiram pagar suas contas e passaram a integrar o cadastro de inadimplentes. Segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), quase 40% da população adulta está com o CPF restrito por causa de pagamentos atrasados. Para quem faz parte dessa estatística, o início de um novo ano é sempre um momento propício para colocar as contas no azul.

A palavra de ordem para 2016 é: planejamento, dizem os especialistas do SPC Brasil. Passada a época das festas de fim de ano, o consumidor se depara com uma série de obrigações tributárias, como IPTU, IPVA, matrículas escolares, entre outras despesas, que se não são bem administradas podem atrapalhar o controle do orçamento para o restante do ano.

IPTU e IPVA: pagar a vista ou parcelado?

Os especialistas do SPC Brasil explicam que a decisão de pagar o IPTU e IPVA a vista ou parcelado depende de uma avaliação criteriosa. Antes de tudo, o consumidor deve calcular se o desconto obtido no pagamento das contas a vista é maior do que o valor que esse dinheiro renderia caso estivesse em alguma aplicação financeira. No caso do IPTU, que tem como alternativa o pagamento em 10 meses na maioria dos municípios, o pagamento a vista será vantajoso se o desconto for superior a 2,64%, considerando uma aplicação que renda 0,6% ao mês, como é o caso da poupança. E no caso do IPVA, que tem como alternativa o pagamento em três meses, basta que o desconto supere os 0,6%.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, orienta que mesmo que  consumidor tenha condições de pagar a vista, ainda assim ele precisa fazer contas para descobrir se é mais vantajoso aplicar o dinheiro resgatando todos os meses o valor de cada parcela ou quitar a dívida recebendo o desconto oferecido. No caso dos consumidores que têm aplicações e pretendem usar esse dinheiro para pagar o IPTU ou IPVA, é preciso ficar atento as taxas e as penalidades cobradas pelo resgate antecipado do valor, pois eles podem anular o benefício do desconto.

Já quem não tem dinheiro guardado deve inevitavelmente pagar a prazo e iniciar um planejamento para quitar essas despesas em 2017 sem passar por sufoco.  A sugestão da economista do SPC Brasil é que para os próximos anos, o consumidor vá separando todo mês um determinado valor para quitar os compromissos sazonais. "O ideal é deixar a quantia separada de seus rendimentos mensais, assim o consumidor não cai na tentação de gastar o dinheiro com outras finalidades", garante a economista.

Ano Novo com as contas no azul

Para os consumidores que já estão inadimplentes, além de cortar gastos desnecessários e evitar compras impulsivas, o SPC Brasil recomenda que se faça uma negociação da dívida com o credor, contratando novas condições e formas de pagamento que melhor se encaixam no orçamento. Em determinados casos, o consumidor pode até mesmo vender um bem ou fazer algum 'bico' para cobrir a dívida.

Os especialistas do SPC Brasil alertam ainda que antes de se buscar algum tipo de financiamento para quitar débitos, é preciso fazer uma avaliação criteriosa dos juros cobrados na operação. "Se o consumidor estiver inadimplente no cartão de crédito ou no cheque especial, a substituição da divida é uma opção que compensa como último recurso, caso o inadimplente realmente não tenha dinheiro para quitar a pendência. Para isso, ele pode contrair um empréstimo pessoal ou consignado para quitar a dívida e assim, evitar que ela se transforme numa bola de neve", explica a economista. O portal de educação financeira do SPC Brasil, o 'Meu Bolso Feliz' criou um simulador virtual, que mostra na prática como funciona a 'troca de dívida".

Para ilustrar melhor a evolução de uma dívida renegociada no cartão de crédito, o SPC Brasil simulou uma pendência de R$ 2 mil com juros de 7,3% ao mês, taxa média cobrada no parcelamento de fatura, de acordo com o Banco Central. Para quitar essa dívida, o consumidor terá de eliminar novos gastos no cartão e ainda desembolsar mensalmente a quantia de R$ 256,41, ao longo de 12 meses. Ao final de um ano, a dívida estará quitada, mas o valor total desembolsado pelo consumidor será de R$3.076,90, o que equivale a mais de 150% do valor inicial do débito (R$ 2.000,00).

Por outro lado, caso o consumidor troque essa dívida no cartão de crédito por outra de valor idêntico na modalidade de um empréstimo consignado, o resultado será mais favorável, pois os juros do consignado são bem mais baixos (1,96% ao mês em vez de 7,3% ao mês cobrados no parcelamento do cartão). Ao final de 12 meses, o consumidor terá gasto R$ 2.264,53 em vez de R$ 3.076,90, caso tivesse optado pelo parcelamento no cartão, o que representa uma economia de R$ 812,37 ou 26%.

"A recomendação que fica é que o consumidor só deve usar o cartão de crédito se ele tiver certeza de que terá dinheiro para fazer o pagamento integral da fatura e estiver com seu orçamento em situação controlada. Renegociar a dívida é uma alternativa inteligente e necessária em muitos casos, mas não pode ser um vício. Dívida só se faz quando se tem consciência de que ela pode ser paga", diz Marcela Kawauti.

Confira mais dicas de planejamento financeiro no portal 'Meu Bolso Feliz: https://meubolsofeliz.com.br/

Fonte: www. spcbrasil.org.br 

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